Saudade
Fonte: Pexel |
Saudade de um ente querido que
partiu e nos deixou aqui órfãos em nossa própria solidão, saudade de um amor
que chegou ao fim (ou que nunca existiu de verdade), saudade do vento soprando
forte no inverno ou do sol que nos aquece no verão, saudade de uma viagem que
nos trás doces recordações ou de lugares com os quais construímos laços
afetivos. Cada um sente uma saudade e sabe o quanto ela é capaz de bater forte
no peito em dias mais escuros e o mais importante é saber que minha saudade não
é maior que a sua e tão pouco mais importante, é apenas diferente.
Agora, quantas vezes você
admitiu estar com saudades? Quantas vezes guardou o ego e deixou a lágrima
escorrer em seu rosto como se naquele exato momento o mundo estivesse desabando
aos seus pés? Quantas vezes você foi forte o suficiente ao ponto de se permitir
a ser fraco por um único segundo e apenas ouvir o sussurro das suas lembranças?
A saudade não escolhe dia,
hora ou momento para aparecer, ela simplesmente aparece e nós temos que lidar
com ela e nem sempre ser forte é a forma mais correta de fazer, afinal, o que
nos tornar seres-humanos é a capacidade que temos de sentir e sermos tocados
pelas emoções. Rimos, choramos, ficamos felizes, tristes e se permitir a sentir
cada um deles em seu devido momento só nos torna maiores e melhores.
No fim, o papel da saudade é
esse mesmo, fazer-nos recordar como também somos sensíveis em meio a armadura
que criamos para nos proteger, como somos seres estupidamente estranhos ao
ponto de querermos fugir daquilo que nos engrandece e que no meio de tanta
coragem disfarçada não passamos de covardes em nossas emoções.
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